sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Missão Cumprida


Depois de nossa conversa com Alexandre, ele insistiu para que o acompanhassemos até a padaria perto de sua casa. Fez questão de pagar café para todas nós com o dinheiro que acabara de ganhar com a venda de duas pinturas. Aqui fica o registro de que nossa missão foi cumprida: encontramos o King Size.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

No apartamento do King Size



Veja aqui trechos de filmagens que fizemos dentro do apartamento de Alexandre.

King Size: desvendando o mito

Sim, ele está de barba loura, mas é mesmo o King Size do Rio de Janeiro, o tão famoso na internet Alexandre dos Santos Lima. Mas o que você provavelmente não sabe é que ele é um pintor de rua. Leva vida de cigano, carrega na mochila, preta e suja de tinta, o necessário para o sustento: folhas de papelão, latas de spray e estilete. No momento, mora num pequeno apartamento de não mais de 3 m x 4 m em um prédio misto – comercial e residencial - próximo à estação das barcas de Niterói.

São apenas dois cômodos, um quarto e um banheiro. O único móvel é um sofá-cama marrom, de costas para a porta e de frente para a janela, que tem vista para o Corcovado. Em uma corda amarrada na janela ficam penduradas algumas roupas e um chapéu panamá branco com fita vermelha. No chão, várias velas coloridas derretidas são restos de orações que Alexandre faz para os orixás. “Peço pra eles ajudarem os outros e peço coisas para mim também.” Encostados na parede há dois quadros. Um em tons de cinza e azul, que, segundo ele, representa a “colonização inglesa em Chicago”. O outro, de estilo bem diferente do primeiro, exibe flores coloridas. “Só love, só love”, é o nome desse quadro, que tem colado em si uma etiqueta em que lê: “750 bilhões de euros”.



Alexandre nos recebeu sem muitas perguntas. Avisamos que queríamos conhecer seu trabalho e conversar um pouco sobre sua fama na internet. Interrompemos sua rotina matinal, mas ele não se incomodou. Deixou que entrássemos, nos acomodou no sofá-cama e voltou a tomar banho sem parecer se importar com a presença de quatro estranhas em sua casa. Na ansiedade do momento, animadas por termos encontrado o King Size, nem lembramos de nos apresentar. Simplesmente entramos, muito apreensivas com o encontro.

A única restrição que ele nos fez foi à filmagem. Segundo nos contou, sua privacidade não existe mais, pois sua vida está sendo vendida na internet. “Está sendo vendida na internet há muitos anos atrás, para que as pessoas venham a pagar assinatura para assistir”, disse calmamente. “Não sei propriamente onde é que se encontra, mas têm muitas pessoas que chegam para mim e me falam: ‘Sua vida está na internet’.” Apesar de parecer chateado, ele confessou já estar acostumado com a falta de privacidade, que “faz parte desse mundo King Size”. Segundo ele, a invasão de sua vida pessoal é parte de um grande jogo do qual ele participa. “Através das filmagens da minha vida as pessoas fazem as apostas e eu, involuntariamente consequentemente, ganho todas”. Ele acredita que a venda de sua vida na internet gera muito dinheiro e nos contou que já está arquitetando um plano para pegar “toda a grana bilionária” que está em uma conta no seu nome.



A minha vida é um desafio constante, é sempre um jogo. A cada minuto eu estou sempre superando”, disse ele. Enquanto falava, nós olhávamos as pinturas em papel que ele nos entregou em uma pasta preta. Eram paisagens psicodélicas com pirâmides, planetas desconhecidos, golfinhos e cachoeiras. Ele nos contou que pintava uma daquelas em apenas 10 minutos. Havia passado muito tempo vendendo sua arte em Botafogo, ao lado do Botafogo Praia Shopping, e agora costuma ficar em Niterói, onde trabalha com menos freqüência e vende cada trabalho por R$10,00. “De um tempo para cá eu estou tentando trabalhar menos, levar uma vida mais despojada, mais tranqüila. Antes eu pintava direto, sempre, sempre. Agora to mais sossegado, não fico fissurado pintando direto”, disse ele com sua voz arrastada.



Olhávamos as pinturas evitando encará-lo. A verdade é que não estávamos confortáveis. Fazíamos alguns comentários sobre as imagens e ele, agachado no chão, nos observava atentamente. No canto das pinturas, reparamos que havia duas assinaturas, uma com letra de máquina, do lado esquerdo, era do “King Size”, a outra com letra cursiva, do lado direito, dizia “Alê Lima”. Foi a oportunidade perfeita para entrar no assunto do King Size.

“King Size quer dizer... O que quer dizer em inglês, vocês sabem?”, ele revidou a pergunta, respondendo logo em seguida: “Rei tamanho. Eu sou o rei tamanho, eu sou o filho mais novo do Rio de Janeiro.” E continuou a explicação: Os king sizes são os maiores inventores de jogos e arte que há no planeta.” Ele nos contou que já nasceu King Size, pois o título é hereditário e tem origem em sua ascendência portuguesa. Por ser um King Size, Alexandre participou de um jogo valendo a cidade do Rio de Janeiro. “E eu ganhei, sou o dono do Rio de Janeiro”, afirmou orgulhoso. “Porém, por parte da minha família eu não consegui assumir cidade.”

Enquanto nos contava essa história, ficamos curiosas para saber como funcionavam esses jogos e apostas, mas achamos prudente não perguntar para não instigá-lo a querer jogar conosco algo que poderia ser perigoso. Até que uma de nós irrompeu o silêncio e perguntou: “Mas como são esses jogos?” Congelamos. O medo tomou conta de todas quando ele, rindo de modo que me parecia assustador, falou: “A gente pode, por exemplo, fazer um jogo aqui agora. Se eu ganhar, eu ganho, se eu perder eu perdi. Querem jogar?” Nem deu tempo de respondermos e ele já estava se levantando e se dirigindo para trás de nós, onde pegou algo na mochila. “Fechem os olhos!”, ele avisou. Bem, não fechamos os olhos.



Apenas uma de nós olhou para trás e conseguiu ver o que ele segurava. Felizmente, era apenas um inofensivo frasco de perfume. Ele se aproximou. Escondendo o vidro com as mãos, nos deu as instruções: “Relaxem, fechem os olhos”. É claro, que não estávamos relaxadas, muito pelo contrário. Ele, muito sensível, percebeu nossa tensão e chegou a dizer: “Calma, eu não sou ladrão não...” De repente, espirrou o perfume na gente. “Qual é o nome desse perfume?”, perguntou sorrindo de um jeito bobo. Por sorte, uma de nós tinha conseguido ver que a marca do perfume era Adidas e respondeu prontamente. Ele ficou impressionado. “Vocês ganharam o jogo.”

Perguntamos se tinha sido assim que ele havia ganhado o Rio de Janeiro. Ele respondeu que havia sido em um jogo diferente, mas que os jogos sempre envolviam desafios, perguntas e superações. Alexandre contou que ganhou a cidade, mas não pôde assumir por causa do irmão que não queria vê-lo feliz. “Eu vivia com uma mulher, a Andréia, mãe da minha filha Késia, depois de anos de vida feliz, assim entre aspas, porque nós tínhamos nossas brigas. Aí estupraram a menina. Eu falei isso no vídeo e fizeram uma sátira em cima. Mas aquilo realmente aconteceu”, falou em tom sério, como o que usou na famosa entrevista que deu sobre o serviço das barcas.

No meio da história, ele deixou de lado o irmão - que teria o impedido de assumir como dono do Rio – e passou a falar na máfia chinesa. “Os chineses decidiram estuprar essa menina para eu não saber que eu tinha uma família portuguesa que havia me dado umas terras.” Segundo ele, os chineses também roubaram a documentação da cidade e toda a fortuna que vinha com o prêmio, impedindo-o de tomar posse do Rio. Mas depois, os “astros de Holywood” vieram ajudá-lo e montaram um novo jogo, desta vez valendo a orla da cidade. “Eles tão aí, mas eles não falam comigo: ‘Oi Alexandre eu sou um astro de Holywood’. Mas eles vieram para comprar a cidade. E como eles compram a cidade? Fazendo fotos minhas, vendendo no Orkut, vendendo fotos de meninas de biquíni, meninas que fazem até propriamente programas com bilionários”, explicou de seu modo desorganizado.

A história de Alexandre tem alguns pontos contraditórios, mas narro aqui o que ouvimos. Segundo ele, foram os astros de Holywood que colocaram o vídeo de sua entrevista na internet. Isso foi mais um desafio do jogo. Se ele aguentasse a exposição, estaria mais perto de vencer. “Os astros de Holywood, que são kings size, o Bruce Willis, o Sylvester Stallone, toda essa galera, montaram esse jogo”, afirmou. Para ele, a entrevista que o tornou famoso, não foi uma simples coincidência e nem mesmo feita por uma repórter. “Naquele dia eu estava de rolé na rua e foi onde eu tomei conhecimento dessas informações [do jogo dos astros de Holywood]. Um cara me chamou e disse que ia passar na TV. Mas na verdade aquilo foi uma das meninas que fazem parte do agito. E um dos caras que fez parte dessa filmagem não autorizada fez aquela sátira do Youtube em que aparecem uns caracteres falando que King Size é uma cama redonda”, contou indignado.

Para se livrar de toda essa perseguição, Alexandre está aprendendo inglês. “Por isso eu estou estudando inglês, aguardando a cada dia a hora de eu poder ir embora.” Ir embora, significa ir para os Estados Unidos, encontrar os astros de Holywood. Animado, ele nos mostrou dois dicionários que usa para estudar. Na lateral dos livros podíamos ver “Késia” escrito à caneta. Ao chegar nos EUA, Alexandre pretende, finalmente, fazer um filme autorizado de sua vida. Mas por enquanto fica aguardando a hora de se ver “livre desse cárcere cibernético”.

Ouça aqui parte de nossa conversa com o King Size

 

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Missão 1: Em busca do KING SIZE



Como segundo passo de nossa investigação - que começou com a escolha do vídeo do King Size no Youtube - saimos às ruas à procura desse personagem. Seguimos as únicas pistas que tínhamos: a entrevista havia sido feita na estação das barcas de Niterói e o entrevistado (provavelmente) se chamava Alexandre dos Santos Lima. Todos os passos de nossa busca estão registrados nesse vídeo amador que editamos. Confira nossa primeira missão e, em breve, veja mais sobre o verdadeiro King Size.

Doação de sangue



Este vídeo mostra uma entrevista feita por uma repórter da PUC TV com um homem prestes a doar sangue pela primeira vez. Tudo corre dentro do esperado até o momento em que o entrevistado decide incentivar outras pessoas a fazerem o mesmo. Muito bem intencionado, diz para não se preocuparem porque não dói. Assim que termina a frase, começa de fato a doação e o que se vê não é bem isso. Assistam!

Se você souber qualquer informação a respeito do entrevistado ou da repórter, entre em contato com nossa equipe. Esperamos por sua ajuda nesta busca!

A queda da torre de Pisa



Mais uma gafe de repórter. O entrevistador destrói, com o fio do microfone, a réplica da torre de Pisa que o cara levou duas semanas para construir. Logo quando a comissão do livro dos récordes, o Guinnes, iria avaliar se a torre de blocos de madeira era a maior já construída. Tudo que sabemos até agora é que o construtor é um estudante chamado Brian Barney. Ainda não sabemos quem é o repórter e nem se o vídeo não é uma farsa (uma possibilidade remota, mas real).
Ajude-nos a descobrir mais curiosidades sobre este vídeo!

Outras gafes parecidas ficaram famosas na rede. Veja aqui como uma repórter desastrada reduz, literalmente, ao pó um castelo de areia que demorou 16 dias para ficar pronto.

Ao vivo



Esse vídeo é bem antigo e não teve muitas exibições no Youtube, mas vale a pena ver. Para quem está iniciando na profissão de jornalista, como nós da equipe deste blog, já é um aviso do que pode acontecer em uma entrevista ao vivo.
Mas quem será esta repórter? E o entrevistado? O que será que passou pela cabeça dela na hora? Bem, ela respondeu rápido.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Lily, entrevistada do MTV na Rua



Este vídeo, que teve 170184 exibições no You Tube até o momento, é parte do programa "MTV na Rua", exibido pela MTV Brasil. Trata-se de um quadro chamado "Chora Coletivo", cujo tema nesta edição era o futuro. A moça entrevistada ficou conhecida como "Louca do MTV na Rua", por ter dito frases como "No futuro a gente pira", "O futuro é reluzente" e "O futuro reside em relutar", que repercutiram inclusive como estampas de camisetas, em São Paulo (cidade onde o programa é gravado).

E, como se não bastasse, ela ressurgiu na telinha da MTV, no mesmo programa, desta vez filosofando sobre a sexta-feira 13, e revelou que seu nome é Lily:



Gostaríamos de saber quem realmente é essa entrevistada. Será que ela é mesmo louca? Sobre que outros assuntos poderíamos perguntar à Lily? Caso saiba algo sobre esta polêmica figura, fale conosco!

domingo, 13 de dezembro de 2009

Maconha estragada



Com mais de dois milhões de exibições (2437268), o vídeo se tornou mais um fenômeno virtual. A entrevista foi feita em Paracatu, Minas Gerais, por uma emissora local. O vídeo foi editado e lançado na rede em 18 de setembro de 2006, como "irmão zuado". No Youtube, o vídeo acabou ficando conhecido como "Maconha estragada" por causa do discurso do entrevistado que diz ter vindo à cidade em uma espaçonave e afirma não usar maconha.

Pelo que consta no blog ao qual o vídeo foi creditado (www.vibeflog.com/irmaozuado), o personagem deste vídeo teria roubado um carro velho em frente a um hospital, deixado uma garrafa de pinga no lugar e batido com o carro em seguida, o que o torna ainda mais interessante. Vale a pena conferir.

Você conhece ou já ouviu falar sobre esse cara? Fale com a gente!

(G)Jeremias


Seu nome? Jeremias José do Nascimento, morador de Santiago, bairro localizado em Caruaru, Pernambuco. Ele foi preso por dirigir "trêbado" uma moto pelas ruas da cidade.

A reportagem foi feita pelo repórter Givanildo Silveira, para o programa "Sem meias palavras". O programa foi exibido apenas para o Estado de Pernambuco, mas literalmente avançou fronteiras quando foi colocado no site da emissora como uma das matérias de maior destaque. Alguns internautas assistiram e o vídeo acabou indo parar no blog Kibeloko, e daí para o mundo.

O vídeo do Jeremias é considerado por muitos blogueiros como o precursor responsável pelo sucesso do "Maconha estragada", tendo sido exibido em 2005.

Do vídeo, foram criadas comunidades no orkut como "Seguidores do Jeremias José", com 52106 membros e "Eu já bebi com Jeremias José", com 19500 pessoas. Vendo que isso dava audiência, o programa acabou produzindo uma série de reportagens com bêbados e adquiriu um tom de humor misturado ao caráter policial.

Depois desse vídeo o programa "Sem meias palavras" voltou a gravar entrevistas com o Jeremias, preso outras vezes por embriaguez.

Assista aos vídeos:

Jeremias, muito louco - 2º vez

Jeremias muito Louco 3.0 - Preso pela 3ª vez

Raciocínio Racional



Com 136.800 visitas, até este momento, o vídeo apresenta a resposta curiosa de um popular para a seguinte pergunta: “Quando o senhor pensa em supermercado, qual é o primeiro nome que lhe vem à cabeça?” Afirmando ser o “Raciocínio Racional”, Antônio Carlos Ferreira começa a explicar as razões muito “filosóficas” de sua preferência. Confira!

Caso você tenha alguma informação a respeito do entrevistado ou do supermercado (vai que ele existe), entre em contato conosco. Aguardamos sua contribuição!

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Crise de riso



O repórter do talkshow Boemerang, Erik Hartman, perde a linha e começa a rir de seus entrevistados. A situação é delicada, pois trata-se de um programa sobre erros médicos. Há algum tempo rolava no Youtube uma versão sem legendas, agora já há como entender do que se trata e tem até esse mini-documentário que explica mais sobre a gafe do apresentador.



Mas na verdade, todo o programa e até o documetário são fictícios. Muitos sites brasileiros anunciaram o vídeo como verdadeiro e comentaram a postura do suposto apresentador que teria sido demitido. Até mesmo um famoso programa de TV americano, o "The Jay Leno's Show" chegou a apresentá-lo como verídico. No entanto, uma rápida pesquisa na Wikipédia em inglês revela que o vídeo faz parte de uma série humorística chamada "In the Gloria", que monta quadros de humor para parecerem reais, e que o repórter é um ator belga chamado Tom Van Dyck.

Desta vez a gente nem vai precisar procurar...

Fábia ou Késia



Este vídeo já é um pouco antigo, circula há cerca de um ano no Youtube, mas voltou à moda depois que passou a ser exibido como resposta ao vídeo do King Size. Alguém resolveu dizer que esta era a filha do King Size, a Késia, e o vídeo voltou a fazer sucesso. Já teve mais de 54.037 exibições.

O que Fábia diz em sua entrevista não é de todo louco...

Se você conhece essa pessoa ou tem alguma informação mande um e-mail para gente ou deixe um comentário.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Procura-se: Garota da Laje revoltada



A entrevista com a candidata do concurso Garota da Laje foi exibida no programa Profissão Repórter, da Rede Globo, e sua revolta com a derrota no concurso fez com que o vídeo tivesse grande visibilidade no site You Tube. Sabemos que ela se chama Alessandra Cariucha (meio carioca, meio gaúcha), mas queremos descobrir mais informações sobre ela. Se você souber algo a mais a seu respeito, por favor, deixe um comentário ou mande um email.